Faz algum tempo que queria compartilhar o que
aconteceu, o que lembro e o que me contaram;
Inacreditavelmente aos 29 anos, sem nunca ter tido
nenhum problema de pressão alta, muito pelo contrário, minha pressão é baixa,
sem nunca ter apresentado nenhum outro sintoma que desse indicio que poderia
sofrer um AVC.
Pois é, sofri um AVC isquêmico no tronco cerebral,
no dia 12 de maio de 2015.
Hoje , tenho um programa completo de reabilitação,
e com um programa especial consigo digitar , e
me comunicar.
Parte 1. INÍCIO DO PESADELO
Passei o dia normal,
estava a trabalho no Rio de Janeiro, deixei para comer em casa. Subi a serra
das Araras bem. passei mal, quando acabamos de subir , achei que fosse por conta da serra mesmo. Achei estranho, pois
nunca passava mal em viagens , pedi pra parar o carro, vomitei algumas vezes. Deitei
no carro. O motorista parou em algum lugar, uma mulher me fez algumas perguntas,
mas não consegui responder, ela disse pra me levar a algum posto da Nova Dutra
porque eu estava muito mal. paramos num posto e me colocaram na ambulância e
fomos pro hospital em Itatiaia.
Lá o motorista me
falou que meus pais estavam vindo. fui colocada numa sala com outras pessoas, me
debati bastante, consegui desbloquear o celular.
Para chamar atenção,( pois me deixaram
sozinha, e ninguém vinha ver o que eu tinha ou mesmo me dar alguma assistência),
me debati até cair, já tinha calculado que
não me machucaria, deu certo, uma enfermeira
e um enfermeiro vieram me colocar na cama ,me amarraram , e me deixaram lá, fui transferida , o moço me falou
que eu iria para outro hospital, uma nova ambulância chegou, me colocaram na
maca e me amarraram novamente.
Cheguei em Rezende,
no hospital da Unimed, já sem fala e alguns movimentos, gritava muito.
Logo meu pai e a Rô(esposa
do meu pai) chegaram, queria minha mãe. Meu pai conversou comigo, minha mãe
chegou, fiquei um pouco mais calma, mesmo assim gritava muito, era
involuntário, não conseguia controlar, o médico veio falar comigo, me pediu
para eu parar de gritar se não teria que me sedar, minha mãe conversou bastante
comigo e me desamarrou.
Fui levada para a
UTI, minha mãe disse que iria me esperar. Tentei derrubar a guarda da cama com
o pé, não deu certo, Ninguém prestava atenção em mim, queria ir embora.
Ufa! Vieram até
mim, me disseram que a sedação não estava dando certo, trocaram minha roupa,
dormi. Tive muitos sonhos, só pensava que tinha uma reunião importante na
quarta e não poderia dormi ali.
Tudo era muito
real.
Parte 2. SONHOS
Paulinha, muito bom ver você digitando e se recuperando cada vez mais. Tenho certeza que todo este pesadelo ficará cada vez mais no passado. Seus amigos esperam por você para continuarmos dando risadas e termos muitas alegrias juntos. Um beijão e adorei seu primeiro testemunho. Que venham os próximos. Beijocas, Anísio Chagas.
ResponderExcluirPaulinha, bom ler esse depoimento e saber da sua luta.... Lembro-me dos bons momentos de Ouro Preto.... Espero te reencontrar lá um dia... Força, minha amiga!!!! Que Deus te abençoe...
ResponderExcluirQuerida amiga, continue com essa força e vontade gigante de melhorar! Te amo!
ResponderExcluirSempre te admirei e cada dia te admiro mais!
Emocionante ler a história contada por vc! Abraços
Muito bom saber que vc está melhorando Paulinha. Continue escrevendo!
ResponderExcluirBjo
Quissak, parabéns pela força e coragem de contar a sua história! Muitas pessoas se inspiram na sua luta! Que Deus continue te dando força para continuar a reabilitação! É muito bom ler a sua versão dos fatos, você descrever o que sentiu, o que pensou. Estarei sempre te acompanhando por aqui! Um beijão!
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