HOSPITAL VI
As sessões de
fisioterapia continuavam, agora não estava mais com o cano no nariz, estava com
um no estômago, também atrapalhava, mas
menos, eles tinham que tomar muito cuidado para não puxar aquilo, fazia limpeza
todos os dias com soro, minha mãe conta que melava, saia uma água meio avermelhada,
ela ficava bem nervosa, com medo daquele troço inflamar.
Nossa! estava
esquecendo de falar, que também já tinha tirado a tráqueo, para alegria de
todos, principalmente da minha mãe, que não queria me trazer pra casa com
aquilo de jeito nenhum.
Dr. Luiz
(neurologista) e Rodrigo (fisioterapeuta respiratório), entram de manhã no
quarto para dizer que iam retirar a tráqueo, ficamos muito felizes, pois até
uns dias antes disseram para minha mãe que não iriam tirar, que era muito pior
ter que aspirar pela boca, que eu ainda não tinha força para tossir, então era
muito perigoso.
Conta a minha mãe,
que ela rezou muito, e pediu para Deus lhe dar um sinal, que permitisse que
eles retirassem aquele cano do meu pescoço. Ela não acreditou, caiu no choro na
frente dos médicos. A resposta foi praticamente imediata.
Não senti nada na
hora de tirar, minha mãe saiu do quarto, não teve coragem de ver, a Juliana ( minha amiga) ficou lá, tinha ido
passar a noite comigo pra minha mãe poder ir descansar um pouco. Ficou um
furinho que fechou bem rápido, agora só uma pequena cicatriz.
Ninguém acredita que
fiquei exatos 1 mês com a tráqueo , nem mesmo os médicos, dizem que foi muito
pouco tempo pela gravidade da minha lesão.
Todos os fatos, as
melhoras , os comentários dos médicos, faziam com que acreditássemos cada vez mais que Deus estava cuidando de mim,
e que iria dar tudo certo. A cada dia me sentia mais forte fisicamente e
psicologicamente, minha Fé e esperança aumentavam com o passar do tempo, e
consequentemente a vontade de sarar e ter minha vida de volta também....
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