HOSPITAL IIX
Finalmente, viríamos embora, minha mãe fez uma
cesta enorme de bombons com uma carta de agradecimento para o Dr. Luiz, extensiva
a todos médicos, enfermeiras e pessoal do hospital, nesses 45 dias internadas,
porque minha mãe se internou junto comigo, fomos muito bem tratadas, todos
tinham muito carinho por mim e por ela, todo dia , ia alguém no quarto falar
com ela , dizer que estava rezando, ou
até mesmo fazer uma oração junto com a gente , perguntar se estávamos precisando de alguma
coisa, levar água e óleo bento, dizer que tinha sonhado comigo andando e
falando, minha mãe se emocionava muito com cada visita e palavra dita.
No dia de entregar
a cesta, minha mãe tinha vindo para casa receber os materiais do home care e organizar as coisa deixar meu
quarto pronto, ( o quarto verde, que eu tanto queria) tia Fátima ficou comigo,
quando ela entregou a carta e a cesta para o Dr. Luiz ele se emocionou, ficou com os olhos cheios de
lágrimas, disse que não esperava uma atitude assim e que iria colocar a carta
no quadro do hospital, falou com a minha mãe pelo telefone, conversou comigo e
se despediu. Chorei bastante. Uma das coisas que ele me disse, era que queria
muito escutar a minha voz, e que tinha certeza que iria, e fez eu prometer que
voltaria lá. Lógico que prometi.
Vinha para casa,
não estava acreditando!!!
A Rô , esposa do
meu pai levou um pijama lindo para eu sair do hospital, na verdade, dois, era
para eu escolher.
Na véspera, o
Flávio foi levar a minha mãe de volta para o hospital, e já levou embora um
monte de coisa, tia Fátima foi embora com ele. Meu pai também levou algumas
coisas, ficou lá, só o que iriamos precisar para a viagem. Não sei quem estava
mais ansiosa, eu ou minha mãe.
Dia 27 de junho,
sábado, vinha para casa, logo cedo as enfermeiras foram me dar banho e me
deixar pronta para a viagem.
Minha mãe andava de
um lado para o outro no quarto, parecia uma barata tonta, esperando a
ambulância.
Um pouquinho antes
da ambulância chegar, todas as enfermeiras do andar e mais algumas da UTI,
foram até o quarto, fizeram um circulo de mãos dadas em volta da cama e fizeram
uma linda oração , algumas até choraram , me desejaram só coisas boas. Prometi
que quando ficasse boa, levaria para todos um enorme bolo de morango.
Na verdade, o meu
caso sensibilizou o hospital inteiro, mas todos tinham muita esperança na minha
recuperação.
A ambulância
chegou, mas não lembro como fui para a maca e nem para ambulância, lembro que a
viagem foi tranquila, minha mãe ia falando onde estávamos, gostava muito,
sentia muito frio, estava coberta e de mão dada com ela, vieram com a gente o
motorista, e mais dois enfermeiros.
Chegamos, muita
emoção!!!....
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