RETORNO PARA CASA

Quando chegamos tinha muita gente esperando por nós, muita confusão também.
Estavam lá, meu pai, Ro ( minha madrasta) Flávio, Rodrigo, Fernanda, Bruno , Gustavo e todo o pessoal da Home care.
Minha mãe pediu para ficar só a família pra me tirarem da ambulância, quando me vi dentro da garagem de casa , chorei muito, Estava em casa, meu Deus! quando na vida pensei que algum dia iria voltar pra casa naquela condição.
Era uma mistura muito grande de sentimentos, estava realmente grata por ter saído do hospital e estar em casa, e ao mesmo tempo, nada parecia real, estava vivendo um pesadelo, era tudo fantasia.
Na verdade acho que só caiu a  ficha quando vi meu nome escrito numa pasta. “ paciente Paula Quissak”
Me levaram para o quarto, não o meu que minha mãe estava reformando,  e eu nem cheguei a ver pronto, porque  era no andar de cima, mas no quarto  de baixo, antigo quarto da minha vó, minha mãe pintou de verde, que era a cor que escolhi, adaptou o banheiro , fez rampa, enfim fez tudo que era preciso.
Estava muito cansada da viagem e ainda bem emocionada, aquele monte de gente, perguntando coisas, falando sem parar, mexendo em mim, verificando pressão, temperatura, estava me incomodando bastante.
Ainda estava com a GTT, (sonda gástrica), minha mãe estava muito preocupada com a minha alimentação, pois estava o dia todo sem comer e sem beber água, a enfermeira não conseguia abrir o frasco da dieta para colocar na sonda, foi um stress muito grande, até que o Rodrigo cortou, e deu um jeito.
Iríamos começar uma nova fase, adaptação e aprendizagem.

Só conseguia pensar: “ Estou em casa, aqui as coisas vão ser diferentes, logo terei minha vida de volta!!!

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