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Mostrando postagens de março, 2018
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sorte ou providência divina? Alguns dias antes do natal fomos passear no shopping, passando por um dos   corredores   vimos um carro branco, nem prestei atenção em qual carro era. Minha mãe passou reto com a cadeira,   e voltou de ré e e me disse :  _”Paula olha bem este carro, porque ele é seu”.  Nem liguei, só pensei, minha mãe tá louca. (Precisávamos de dinheiro para comprar uma doblo, não sabíamos onde arrumaríamos o dinheiro.) Passado alguns dias , minha mãe falou : _Bruno só falta trocar os cupons para a Paula pegar o carro.  Todo mundo achava que ela estava brincando.  Então o Bruno foi até o shopping com os meus documentos, mas não deixaram ele trocar ,tinha que ser a própria pessoa, ele   não tinha 18 anos,    também não podia, ligou para casa e perguntou pra minha mãe se ela podia me levar até lá, estava chovendo, não tínhamos carro, não tinha jeito, ele perguntou então se podia fazer no nome da Alayne...
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natal e Reveillon             Sete meses já havia se passado, chegou o natal e eu ainda estava praticamente do mesmo jeito, todos os ganhos que havia tido, não pareciam ser nada. Primeiro natal pós AVC, da pra imaginar? Acho que não!!! Sempre comemoramos o Natal no sítio dia 25,   com almoço, não tinha jeito esse ano íamos ter que mudar, fizemos então na casa do Rodrigo,( fui de Kombi)   todo mundo veio, pra variar passei mal, vomitei pra caramba, comecei a chorar e pedi desculpa pra minha mãe, por ter estragado o natal de todo mundo. Levei a maior bronca dela e de todos. Minha mãe fez um “discurso’ fazendo uma resumo de toda a situação,   de   tudo que já tínhamos passado ,   sobre todas as expectativas , agradecendo pelo apoio, pelo companheirismo de todos. Foi uma choradeira só. Queríamos que Papai Noel pudesse me dar de presente   embrulhado com um lindo laço de fita, a minha cur...
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comunicação Não era todo mundo que conseguia falar comigo com o quadro de letras, acho que foi a Mariana, resolveu fazer algumas folhas com palavras chaves e colocar na parede, daí  era só eu olhar na direção,  estavam distribuídas na parede em frente a  minha cama: as seguintes palavras: FRIO – CALOR – DOR - FALAR Uma preocupação muito grande da minha mãe, e meu medo, era durante a noite, se precisasse de alguma coisa, como faria? Me lembro de uma noite que minha perna caiu,   ficou pendurada pra fora da cama, e a enfermeira não viu, não conseguia avisar de maneira nenhuma, até que lá pelas 5:30 , ela acordou e veio me olhar, estava chorando, ela saiu correndo e foi chamar a minha mãe. Quando minha mãe chegou, descobriu em 1 minuto o que estava acontecendo, arrumou a minha perna, a dor passou, mas a preocupação aumentou muito. Como as enfermeiras da noite podiam dormir daquela forma com uma paciente completamente dependente? Minha mãe estava su...
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passando mal...e  continuando a luta... (dezembro de 2015) 7 meses de AVC. Nunca   vomitei tanto na minha vida, vomitava o dia todo, de manhã, no almoço, no lanche, só com água,   a noite...desesperador!!!! Minha mãe até comprou uma bandejinha pro vómito. Não sabíamos mais o que fazer, ninguém descobria o porque . todo mundo ficava muito chateado, minha mãe chorava, tia Fátima também. Isso durou meses, tomava remédio pra vómito todas as manhãs.... Tia Célia  já estava ficando comigo  ( era muito bom, né tia?) , ficava arrasada também, perdia o rumo, tentava disfarçar pra me deixar calma, pensava que eu não percebia seu nervoso...rsrs Quando saia de casa,   levávamos um arcenal, toalhas, saquinhos, bandejinha,   tínhamos que estar   preparados, UM INFERNO!!! Final do ano chegando, formaturas, Bruno e Gustavo.. O combinado    desde sempre era que eu iria dançar a valsa com os dois, e agora, olha a frustração....
Sentimentos Após o AVC, fiquei muito emotiva, choro a toa, tudo me emociona muito. Fiquei muito assustada também, qualquer barulho inesperado, por menor que seja,   dou um pulo na cama ou na cadeira, até mesmo se alguém chegar no meu quarto e falar comigo sem eu saber que entrou lá, me assusto.           Nunca liguei que reparassem em mim, agora menos ainda, querem olhar, que olhem, querem comentar, que comentem, eu é que não vou deixar de sair, me divertir, por conta disso. Meu irmão Rodrigo  não gosta que fiquem me encarando, ele fica bravo, eu, dou risada. Odeio    minha cabeça torta, eu tento muito deixar ela reta, mas não consigo, dói muito o pescoço, agora com a reforma na minha cadeira e a mudança do cinto, acho que vai começar a ficar mais fácil. Meu ombro fica para frente, isso dificulta eu esticar a cervical, daí, fica muito difícil eu levantar a cabeça, vamos colocar um cinto, parecido com um colet...