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Mostrando postagens de fevereiro, 2018
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VISITAS DAS AMIGAS O   que me deixava mais feliz era e continua sendo receber visitas dos meus amigos e amigas. Acho que foi em outubro a Tatá veio passar o domingo comigo, ela estava barriguda ( Mateuzinho a caminho) , nossa! Foi bom demais... Em outro dia vieram a   Helo, a Simone e Purê, sempre quando chegavam , primeiro eu me emocionava muito, depois que conseguíamos conversar,   elas dormiram aqui em casa, ajudaram a minha mãe a me trocar, a Simone fez uma massagem deliciosa nas minhas costas, elas sempre foram muito carinhosas, atenciosas , prestativas e etc,     Essas meninas da república são demais, eu as amo muito. Gente, minha mãe sempre brinca comigo, diz que não conhece ninguém que tem a quantidade de amigos que eu tenho. Marcela (Garrafinha) quando vinha, ficava deitada comigo, contava um monte de coisa, me sentia viva, participando das coisas. Minha amigas de Guará, Suzana, Marília, Carol, Fernanda,Tássia, Livia tamb...
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Cadeira de rodas Minha mãe queria muito me tirar de dentro de casa, de dentro do quarto, e eu mais ainda,   queria sair. Era impossível, não existia a menor possibilidade. Chamamos um técnico da Expansão ( Uma firma especializada em equipamentos para acessibilidade) para fazer uma cadeira especial para mim, uma cadeira que atendesse as minha necessidades, depois da visita dele e da cadeira encomendada, ainda ia demorar muito,   uns 3 meses mais ou menos, então meu pai conseguiu uma cadeira emprestada , a Virgínia fez uma adaptação no acento e pronto, tinha uma cadeira para passear. Outro problema, tudo resolvido e combinado para eu sair, minha mãe achou que dava para descer com a cadeira na escada, no braço, mas não dava. Tive que esperar a rampa ficar pronta, demorou mais um tempinho. Queria sair meu Deus!! A primeira vez que sai, nem sei explicar o que senti, alegria, tristeza, foi uma mistura de sentimentos muito grande, mas acho que prevaleceu a alegria...
1ª VEZ Quando cheguei em casa, ainda não conseguia abrir a boca sozinha, já contei como minha fazia para escovar meus dentes, só esqueci de contar como e quando conseguia abrir a boca sozinha. Não lembro a data exata, mais acho que já fazia quase um mês que estava em casa). Fui tomar banho, e sempre escovavam os meus dentes no banho, estava com a tia Fátima, não lembro onde minha mãe estava, então ela foi escovar meu dente e pediu para eu abrir a boca ( sempre pediam mais eu não conseguia), desta vez foi diferente, consegui, tia Fátima deu um grito de alegria e se emocionou, eu também, é lógico, ela saiu correndo e foi contar pra minha mãe. Foi uma festa. A partir daí , fui abrindo cada vez mais e com mais facilidade. Tia Fátima, Renata , Mariana , Lucas, Aline e   tia Raquel, vinham quase todo final de semana, eu gostava muito, ficavam brincando e conversando comigo, ajudavam muito   minha mãe, assim ela podia descansar um pouco. Foi muito engraçado a primei...
EM CASA II Ainda me alimentava pala   GTT ( sonda gástrica), era um horror aquele cano na minha barriga, as enfermeiras me davam a dieta pela seringa, tinha que ter a velocidade certa se não eu vomitava tudo, não podia deixar entrar ar,     era de hora marcada, tudo esterilizado, minha mãe quase enlouqueceu, tinha que verificar se as enfermeiras estava preparando direito e dando corretamente, não podia abaixar a cama em seguida, tinha que limpar com gaze esterilizada e soro fisiológico,   em fim um trabalhão louco. Me lembro de um dia que acabaram de me dar a dieta, minha mãe abaixou a cama para me trocar, estavam   ela a tia Fátima e a enfermeira, minha mãe e nem a tia Fátima viram que eu estava sufocando, sorte que a enfermeira olhou pra mim e viu que eu estava roxa, minha mãe , não sei como, em um segundo estava sentada atrás de mim, ela me levantou e voou para cima da cama, começou a bater nas minhas costas, tia Fátima me abanava , quando consegu...
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Em casa       Passando a confusão do primeiro dia, tentemos nos organizar cada vez mais, eram muitas coisas   a serem aprendidas e resolvidas.        Minha mãe queria que eu me sentisse bem e bonita, a primeira coisa que fez foi marcar manicure, fiz mão, pé e tirei a sobrancelha, fiz com a Beth, já fazia com ela antes, quando ela chegou nos emocionamos muito, a Beth tinha se recuperado muito bem de um aneurisma e em seguida de uma trombose, passou por momentos muito ruins, e a presença dela ali me enchia de esperança. Todos os dias depois do banho, passava um gel na cicatriz da tráqueo e fazia curativo no corte da cabeça, que demorou muito para cicatrizar, a única pessoa que fazia era a minha mãe, quando cicatrizou, sei lá, acho que levou mais de um mês, minha mãe começou a passar o gel nela também. Ainda tínhamos problema com o banho, tentaram me dar banho na cadeira, até me amarraram, mas não adiantava, escor...
LEMBRANÇA Me lembrei de um fato que aconteceu ainda no hospital que não poderia deixar de contar, (foram muitas coisas, é difícil lembrar de tudo no momento em que estou escrevendo, então, as coisas vão sair um pouco da sequencia, mas acho que não tem problema). Não  me lembro o dia, mas sei que recebi a visita do Rodrigo, Fernanda, Suzana e Marília, que inclusive me deu uma camiseta da mulher maravilha de presente , uso até hoje. Começaram a conversar e brincar comigo, o Rodrigo começou a fazer uma lista do que eu gostaria de comer quando saísse do hospital, pegou um paninho branco, pendurou no braço e ficou imitando garçom. Pela primeira vez, dei muita risada e o mais importante ria com som e muito alto, todos ficaram eufóricos, depois de muito tempo consegui emitir algum som. Minha mãe ria e chorava ao mesmo tempo, ela estava muito dividida, precisava falar para gente parar com a bagunça, mas não podia interromper aquele momento, que era tão especial e significa...
Explicação  Estava de férias das terapias em janeiro, consegui escrever mais, resolvi contar passado e presente simultaneamente, uma postagem de cada. Agora em 2018 , vou escrever por semana, assim, fica mais detalhado. Atualmente tenho muita preguiça de falar com o quadro, porque demora muito, quando estou falando e a pessoa tenta adivinhar e não deixa eu terminar me irrita muito. Me dar comida e ficar limpando minha bochecha me deixa muito brava, não virar o copo e deixar a bebida na beiradinha , me irrita demais. Não sou chata não, aceito muitas coisas, mas, outras,  tem que ser do meu jeito. Adoro participar de promoções, não posso saber de uma, minha mãe até me deu um apelido – “ Maria promoção” rsrs. Faço muita brincadeira para ficar alegre, porque eu estou “fudida” mesmo. Quando estou no computador , se alguém fala comigo perco a linha do programa, daí tenho que esperar ele voltar nela de novo, isso também me irrita. O AVC também afetou minha visã...
RETORNO PARA CASA Quando chegamos tinha muita gente esperando por nós, muita confusão também. Estavam lá, meu pai, Ro ( minha madrasta) Flávio, Rodrigo, Fernanda, Bruno , Gustavo e todo o pessoal da Home care. Minha mãe pediu para ficar só a família pra me tirarem da ambulância, quando me vi dentro da garagem de casa , chorei muito, Estava em casa, meu Deus! quando na vida pensei que algum dia iria voltar pra casa naquela condição. Era uma mistura muito grande de sentimentos, estava realmente grata por ter saído do hospital e estar em casa, e ao mesmo tempo, nada parecia real, estava vivendo um pesadelo, era tudo fantasia. Na verdade acho que só caiu a  ficha quando vi meu nome escrito numa pasta. “ paciente Paula Quissak” Me levaram para o quarto, não o meu que minha mãe estava reformando,  e eu nem cheguei a ver pronto, porque  era no andar de cima, mas no quarto  de baixo, antigo quarto da minha vó, minha mãe pintou de verde, que era a cor que escol...
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HOSPITAL  IIX        Finalmente, viríamos embora, minha mãe fez uma cesta enorme de bombons com uma carta de agradecimento para o Dr. Luiz, extensiva a todos médicos, enfermeiras e pessoal do hospital, nesses 45 dias internadas, porque minha mãe se internou junto comigo, fomos muito bem tratadas, todos tinham muito carinho por mim e por ela, todo dia , ia alguém no quarto falar com ela  , dizer que estava rezando, ou até mesmo fazer uma oração junto com a gente ,  perguntar se estávamos precisando de alguma coisa, levar água e óleo bento, dizer que tinha sonhado comigo andando e falando, minha mãe se emocionava muito com cada visita e palavra dita. No dia de entregar a cesta, minha mãe tinha vindo para casa receber os materiais  do home care e organizar as coisa deixar meu quarto pronto, ( o quarto verde, que eu tanto queria) tia Fátima ficou comigo, quando ela entregou a carta e a cesta para o Dr. Luiz  ele se emocionou,...